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A Pegada Hídrica é um indicador ambiental que permite medir o volume de água doce (litros ou metros cúbicos) utilizado ao longo de toda a cadeia de produção de um bem de consumo ou serviço.
De acordo com a Water Footprint Network, a pegada hídrica é composta por três elementos:
Pegada hídrica verde: é a água de precipitações (chuva e neve) que fica armazenada na terra, na área das raízes e que se evapora, transpira ou é incorporada pelas plantas. É particularmente relevante para os produtos agrícolas, hortícolas e florestal.
Pegada hídrica azul: é a água proveniente de recursos hídricos subterrâneos ou em superfície e que se evapora durante a produção de um bem, é agregada ao mesmo ou é descarregada no mar. A agricultura com irrigação, a indústria e o uso doméstico da água podem ter uma pegada hídrica azul.
Pegada hídrica cinza: é a quantidade de água fresca necessária para diluir a água poluída no processo de produção até que esta cumpra determinados padrões de qualidade.
Uma avaliação da pegada hídrica deve incluir quatro fases de avaliação do ciclo de vida:
1. Definição do objetivo e âmbito;
2. Análise do inventário da pegada hídrica;
3. Avaliação de impactes;
4. Interpretação de resultados.
Considerando a constante pressão nos recursos hídricos, bem como a consciencialização de que este recurso é finito, torna urgente a adoção de medidas que permitam a redução da pegada hídrica. A adoção de medidas passará numa primeira fase pela avaliação do impacte do bem de consumo ou serviço, permitindo aferir as etapas com maior impacte e priorizar medidas de minimização do(s) mesmo(s).
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É investigador e consultor no MARETEC – Centro de Tecnologia do Ambiente e do Mar, do Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa. O enfoque do seu trabalho é principalmente em avaliações de impactes ambientais, análises de ciclo de vida e pegadas ambientais (ex.: carbono, hídricas) de produtos, serviços, empresas, regiões e programas e medidas. Entre os vários estudos, destacam-se: (1) a coordenação do estudo sobre justiça intergeracional ambiental para Portugal, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, (2) a integração na equipa do European Topic Centre on Sustainable Transitions em temas como Planetary Boundaries e impactes ambientais da produção de alimentos, (3) a co-coordenação do Programa Regional para as Alterações Climáticas dos Açores, (4) Facilitador para o Climate Ambition Accelerator da Rede Global Compact em Portugal das Nações Unidas, (5) a orientação de várias teses de mestrado ligadas a análises de ciclo de vida, (6) a realização de estudos de pegadas de carbono e hídricas para organizações. Licenciado em Engenharia do Ambiente pelo Instituto Superior Técnico e doutorado em Economia Ecológica-Ambiente pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.